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1 de ago. de 2008

Faz muito tempo
Vi a Esperança
Estava nos meus olhos
Nos meus olhos de criança
Tenho saudades desse tempo
Em que eu a via
Nas ruas
Nas calçadas
Nas janelas
Nos pequenos sorrisos
Faz tempo
Muito tempo
A gente se contenta
Apenas se contenta
Pega as troxas e vai andando
Feliz da vida
Feliz na superfície
Sem Esperança além da capa
Felizes, felizes
Com a troxa na mão
E o pé a correr atrás
Atrás do leite e pão
Somente
Somente correndo
Atrás de algo que já morreu

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